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Detran-PB participa do 4° ReciclaAuto em São Paulo e assina Termo de Cooperação Técnica com a ABCAR-AND

O Detran da Paraíba participa, desde ontem até este sábado (7), do 4º Encontro Nacional da Desmontagem Automotiva (ReciclaAuto), em São Paulo, representado pela diretora de Operações Roberta Neiva e pelo presidente da Comissão de Leilões, Alberto Soares. O evento é pioneiro no setor, proporcionando uma experiência com conteúdo, networking, oportunidades de negócio, tecnologia, interação e visita guiada.
Promovido pela Associação Brasileira de Reciclagem Automotiva (ABCAR) e a Associação Nacional dos Detrans (AND), o evento resultou na assinatura de um Termo de Cooperação Técnica com o Detran-PB, além de palestra proferida pela diretora Roberta Neiva, ocupando um lugar de destaque no certame.
Durante o encontro técnico sobre a gestão de veículos apreendidos, Roberta Neiva, que coordena o Fórum do Leilão da AND, destacou a forma como os Detrans têm lidado com a destinação de veículos fora de circulação e a urgência de atualizar os processos burocráticos, adotar uma visão mais sustentável e integrar políticas públicas de reaproveitamento.
Segundo ela, os Detrans ainda operam com práticas defasadas, tratando como “eterno” aquilo que deveria ser descartado ou reutilizado com eficiência. Um dos exemplos citados foi a exigência de guardar indefinidamente um chassi já inutilizado.
Ela destacou que o mercado de desmonte hoje é formado, em sua maioria, por empresas legalizadas, que movimentam cifras milionárias e poderiam contribuir com a economia circular, desde que houvesse apoio público e segurança jurídica. “Não estamos falando de bandidos fugindo da polícia, mas de gente séria que precisa do respaldo do Estado para trabalhar”, enfatizou.
A diretora também chamou a atenção para o impacto ambiental do acúmulo de veículos em pátios, com degradação do solo e risco sanitário. Segundo ela, há um descaso histórico que precisa ser superado com políticas modernas e tecnológicas.
Ela encerrou sua fala reforçando que o setor de desmontes não deve ser tratado como alvo da segurança pública, mas como aliado na construção de soluções sustentáveis. “A fiscalização pode retirar o veículo irregular das ruas, e vocês, empresários, podem transformá-lo em outra coisa. Isso é segurança pública inteligente, isso é economia real”, concluiu.