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Detran-PB promove live sobre mulher no volante em celebração ao 8 de Março
Com o tema “Mulher no volante, cidadania constante”, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), por meio da Coordenação de Educação de Trânsito (CET) promoveu, nesta quarta-feira (17), uma live em celebração ao Mês da Mulher, dentro da programação desenvolvida pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (Semdh).
Com mediação da coordenadora da CET, Ana Paula Buzetto, o evento foi aberto pelo superintendente do órgão, Agamenon Vieira, e contou com palestras de Lídia Moura, secretária da Semdh; Gilmara Branquinho, chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semobjp), e Adriana Vicente, motorista de ônibus. A live foi transmitida pelas redes sociais do Detran-PB (canal no YouTube, além de Facebook e Instagram).
Antes de anunciar a abertura pelo superintendente Agamenon Vieira, Ana Paula destacou que o 8 de março simboliza a luta histórica das mulheres pelo seu espaço na sociedade e pela manutenção dos seus direitos. Contestou algumas frases machistas, em especial no trânsito, e explicou que o tema da live se contrapõe a esse preconceito contra as mulheres. “Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive no trânsito”, afirmou.
O superintendente Agamenon Vieira deu as boas-vindas às participantes da live, ressaltando a importância de cada uma delas na sua área de trabalho. Enalteceu o poder das mulheres e também refutou o machismo. “Eles não sabem a força que as mulheres têm. Com a sua organização, teremos uma sociedade mais justa e mais solidária, livre de todos os preconceitos”, finalizou.
A secretária Lídia Moura destacou a programação do Mês da Mulher envolvendo todos os órgãos do Estado e parabenizou pela iniciativa do Detran em promover a live, com tema tão importante contra o preconceito sofrido pelas mulheres, inclusive no trânsito. Citou os números do seguro DPVAT, mostrando que 75% dos acidentes de carro são cometidos por homens, enquanto as mulheres são responsáveis por 25%. “O trânsito é um exercício de cidadania, assim como as demais lutas das mulheres”, enfatizou.
A chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Semobjp, Gilmara Branquinho, também foi enfática em contrapor essas afirmativas machistas. Citou Bertha Benz como a mãe do automóvel, ao dirigir um veículo motorizado pela primeira vez, numa viagem a longa distância, em 1888. “O trânsito é o espaço mais democrático que existe e, comprovadamente, a mulher ocupa esse espaço com mais cautela, carinho, empatia, respeito e zelo”, afirmou.
Numa empresa com 180 homens contratados, Adriana Vicente é a única mulher motorista de ônibus. Ela afirmou que realizou o sonho profissional há 4 anos, após ser cobradora. Disse que se inspirou no pai e não se arrepende da sua escolha. “Me sinto realizada e muito feliz. No início, meu pai não queria, por conta das dificuldades, mas depois contei com o apoio de todos, inclusive dos meus dois filhos, que se orgulham de mim”, destacou Adriana, contando que os colegas são solidários e até a ajudam em algumas tarefas, mas precisa se impor dentro do ônibus, para evitar problemas com os passageiros. “Preciso impor respeito”, concluiu.